segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

E o Demônio diz: Parcele 10x no cartão!!!

Tenho que admitir, poucas coisas hoje me deixam surpresa.  Então, vamos a história dá semana que conseguiu.

Uns quinze dias atrás fui convidada para ir a Igreja, sem problemas, apesar de ser kardecista, adoro a energia que qualquer Igreja possui. Bem, até agora.

Fui convidada para fazer a visita.  A visita seria as 7h da manhã de um DOMINGO. Mas promessa é dívida. 

Na primeira semana, esqueci, lembrei as 23h do mesmo domingo. 
Na segunda semana, coloquei aviso no celular, despertador, separei a roupa no dia anterior e fui dormir.  Acordei??? Não, abri os olhos, me arrumei e fui.

Cheguei atrasada, para variar, afinal o cérebro ainda não acomodava as funções normais. Ao entrar na Igreja, vi a pessoa que me convidou e a mesma ficou feliz demais, me senti a pessoa mais importante do planeta.

Pastor atrasado e eu pensando que poderia ter dormido mais um pouco. Quando o mesmo chegou, pensei que tudo o que falavam daquela Igreja era só porque não entendiam a sua doutrina. Porém quando iniciou o culto, comecei a mudar de ideia.

Com 38 minutos do inicio o culto, o Pastor só falava no dízimo e ofertas. Pensei, hoje deve ser o dia do pagamento do dízimo. ok!!! Quando ele pegou um versículo para comentar, adivinha como foi posto o mesmo??? Sobre do quanto o fiel se dedica a Deus. Se os fieis se dedicassem 100%, fariam uma oferta de 100 reais, quem não tem 100 reais, faria a oferta de 50 reais. Eu que nessa altura já olhava o relógio a cada 5 segundos, pensando dá meio-dia, mas não dá 9h. 

Depois dessa peróla, pensei, acabou. Agora ele vai pregar. Como eu me enganei. Ele distribuiu um envelope, com dois espaços um para o dízimo e a outra para a oferta. Pensei: Caraca, quantas vezes se paga o dízimo??? Ok!!! Respirei fundo. Já se ia quase uma hora de "culto" e até agora só recolhimento de dinheiro.

Quando finalmente começa a pregação, ou sei lá o nome daquilo.  O Pastor só falou no demônio, que ele é ardiloso, que quem é o ungido o demônio não toca, mas isso é do tamanho da sua fé e qual é o tamanho da sua fé??? Passou-se mais uma sacolinha para se demonstrar em real, o tamanho da sua fé.  

A partir dai, deixei a minha imaginação tomar conta. Estava em uma Igreja, tentei ao máximo respeita-la. Mas foi demais.  Pensei: Quem precisa de Dilma??? Sai de casa para ouvir 2 horas de pedido de dinheiro? Já vi esse pastor falando em algum lugar,onde foi??? Ahhhhhhhh Porta dos fundos, demônio. Me segurando para não rir, pois eles ensinaram em algum cursinho como falar igual a Pastor.

Ainda era dia de santa ceia, que queriam porque queriam que eu, euzinha, essa pobre menina, tomasse a ceia, porém não sou "batizada", sou pecadora e a única coisa que me passou pela mente, é que teria algo naquele pedacinho de pão, para que eles quisessem que eu comesse. Imaginei eles me segurando, uns 10, para me fazer comer e beber o pão e a carne de cristo.

Por fim, e eu pensei q já tinha acabado as formas de pedir dinheiro. Pediu ajuda para manter o jornal. Vontade de virar a mesa.
Uma grande fila se formou para "ajudar", todas as vezes que se pediu o dízimo, as ofertas, e a então benção em troca do vil metal.

Vi uma mulher ao meu lado chorando, e quanto mais o pastor pedia, mais ela chorava e falava baixinho agradecendo a Deus. Minha imaginação que não segurei mais, começou a dá o ar da graça.

Imaginei que o público eram ovelhas e o Pastor era um lobo hiperativo. O cara não parava um instante, andava de um lado para o outro, oscilando com momentos de calma e de gritos. Eu que tenho q escolher o lugar que eu vou, pois estou com sensibilidade a barulhos queria escapulir dali. 


Por fim, a grande pérola. O Pastor diz que Deus pede pelos ungidos. Que o demônio quer nossa alma a cada erro e Deus dá mais uma chance. Chegou a demonstrar um dialogo entre Deus e o coisa ruim. Onde o demônio chega a Deus e fala: - Esse é meu, ele já errou tanto, eu quero ele para mim. E Deus na sua humildade diz: - Mas eu também quero.

Imaginação??? Claro. Pensei em ter visto por uns instantes, Deus e o Demônio brincando de "Escravos de Jó" só que em vez de pedrinhas, eram almas, almas dos desobedientes, daqueles que não tinham dinheiro em nota para demonstrar a fé.

O "Culto" terminou com o Pastor dizendo que a Igreja colocou a disposição máquina de cartão de crédito para quem quisesse contribuir com oferta. Pensei, na minha época, oferta era moedinhas ou notas baixas,  mas aqui acho que se bobear, parcela-se a oferta no cartão.

Ai descobri de onde vem aquela frase.

- Parcele em dez vez no cartão. 


sábado, 17 de janeiro de 2015

Fé, Força ou Coragem?

Ontem ouvi uma história que me emocionou. Conheço um homem a algum tempo, mas sempre no oi, como esta? Ontem, paramos para conversar e rir. Sempre rir. Até que o meio da história.

Temos amigos em comum, porém ele os conhece a mais tempo. Então, vamos a história.Para a história ter graça, tem q ter mais de 20 anos. E essa já cumpriu o primeiro requisito

.Este homem em questão, então vou denomina-lo de Hilário.  Super educado e extrovertido. Chega e minha amiga fala que ele era apaixonada pela sua irmã mais nova. Ele contraria, diz q eram muito amigos, que se sentia bem ao lado dela.

Onde eu entro??? Aquela q analisa e faz perguntas que ninguém quer responder. Porém, ainda só ouvinte e juiz.

Minha amiga explica que ele buscava sua irmã para passear e conversar. Porém, ela mandava o filho mais novo junto. Ele diz que era a coisa mais fácil enganar a criança, hoje um homem, mas continua sendo fácil enganar. ( Há coisas que nunca mudam, nada como um bom filme para entreter a criança).  Assim, passavam horas conversando. Então a menina o fazia bem, se entendiam, porém o tempo passou e a vida deles tomaram outro rumo.Até essa noite, passamos horas conversando sobre a vida dele. Como as coisas tinham mudado. Como hoje ele estava casado e com uma filha linda.

Logo foi inevitável entrar na parte de crise conjugal. 

Certa hora eu doida para ter a confirmação da certeza que eu já tinha. 

Perguntei: - Você gostava dela?  e ele respondeu:

 - Claro, era a minha amiga. Não me dei por satisfeita, alias nunca estou satisfeita com respostas desse tipo

.- Você não quer cooperar né? ok!!! Você era apaixonado por ela? O carinha de branco, ficou vermelho, os olhos brilhavam, gaguejou, falou q tinha q ir embora, entrou no carro e quem disse q o freio de mão baixava??? Eu ri e pedi para responder. Isso tinha acontecido para ele me responder ou para responder para ele mesmo. 

Bem, ele não respondeu nem um sim, muito menos um não. Resumiu falando que não casou por causa da irmão mais velha.  Perguntei novamente: Você chegou a falar com ela? Depois da resposta dele negativa e de tudo que ele havia contado, entre risos e tristezas por conta de uma resenha da história de 20 anos, minha mente começou a questionar.  Muitas coisas não pude perguntar. Porém o que eu sei?

Sei que ontem "conheci" um cara que a vida se resume a abnegação.  Mas não é só isso. Por medo, receio ou fraqueza. Deixou de viver algo que poderia dá continuidade a um novo livro e quem sabe virá uma trilogia.

Triste foi a irmã dizer que ela gostava dele, mas como eram amigos, preferia te-lo assim do que supostamente perde-lo.

Naquele momento vi os olhos dele com lágrimas. Tenho certeza q a dor do arrependimento foi terrível. Essa história não sai da minha mente.  Depois de 20 anos, eles mudaram, mudaram muito.  Ele ainda faz o estilo romântico, ela o estilo mercenária. Porém, como explicar a ele, que a menina q ele conheceu, já não existe mais. A vida mudou os dois, um com seus pensamentos e certezas, o outro com a esperteza e a audácia. 

A questão que ficou: - Como isso poderia ser consertado? Será que tem conserto? Quando os dois se encontrarem, como será? Quando ela souber q ele gostava dela? 

Queria avançar esse filme para vê o final.

 - Só sei de uma coisa. Se houver reencarnação, sua irmã e eu nos encontrarmos. Não a deixo escapar novamente. Caso-me com ela. Disse ele ao conseguir arrumar o freio de mão e sair com o carro. 

Aceitação??? Sei lá. Mas estou torcendo para essa história continuar. Quero cenas dos próximos capítulos.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Dor

Sim, estou voltando ao blog para escreve para alguns amigos e para mim mesma. Minha cabeça é uma confusão de ideias e imaginação, grande parte divertida, porém a outra parte é dolorosa.

Costumo dizer que eu penso como um jogo de xadrez, mas não o jogo na sua essência, onde cada personagem tem um valor, mas pela estratégia do movimento do jogo e por isso adoro observar.

Adoro observar, observo qualquer coisa que possa me chamar atenção, um gesto, um comentário, uma crítica, uma atitude. Posso mudar meu referencial várias vezes para entender o observado (a).  O que mais me chama atenção é o fato do ser humano sempre achar que seus sentimentos são maiores que o dos outros.

Há algum tempo venho notando que as pessoas tem necessidade de aumentar ou valorizar o que sentem, em relação a outros. O que me deixa a pergunta: - Porque?

Partindo do princípio que sentimento não se mede. Alguém já ouviu falar q o amor vai de 0 a 100 km/h em 1 segundo??? ou que a dor mede 100N.

Em uma conversa certa vez, uma senhora disse que na pregação do Pastor da Igreja dela, o mesmo dizia que hoje todos amam. Amam comida, amam animais, amam a rua, amam e que estava errado, devemos amar a Deus acima de tudo, aos filhos e ao marido.  Ao ouvir isso, pensei. Então o amor que dedicamos a todos são iguais??? Amo o meu cão diferente do q amo a minha mãe, assim indaguei. O amor que vc sente pelo seu marido é igual ao q vc sente por Deus? Que então é igual ao amor que vc sente pelos seus filhos? Assustada fiquei, quando ela enfurecida respondeu que não. Não entendi a fúria. Será que eu a fiz pensar e doeu? Ou será que é porque eu provei a ela q o sentimento é pesado diferentemente?

Partindo daí, fui observar o motivo pelo qual as pessoas acham que o que sentem é maior do que outros.  Estranho é a explicação que cheguei.  Autovalorização!

Sim. Necessitamos de lamber as próprias feridas, isso é comum, assim como os animais, buscando a cicatrização mais rápida, porém no meu cão eu coloco o cone da vergonha. Sim, cone da vergonha, pq ele costuma lamber tanto que nunca cicatriza.


Outros sentimentos detém esse grupo de gritar ao mundo, o q sente, porque sente, como sente.  Prefere aprender e se renovar sozinho, escolhe o ostracismo como companhia. Já falei que adoro o Ostracismo??? kkkkkkk
Outra parte, precisa de explanar ao mundo a sua dor, em busca de outros que o ajude a lamber a ferida, a autovalorização.

O ato de obter ajuda faz com que esse ser se sinta confortável e amado. Logo, o ser não dá importância a dor, mas o que ela traz, por esse motivo a necessidade de gritar ao mundo como se sente.  Assim conseguindo superar e "testar".

Por isso digo, o sofrimento é único e o aprendizado adquirido com ele também